terça-feira, 26 de março de 2013

MEIA DÚZIA DE GATOS PINGADOS



José Carlos Alexandre

Como fazer a revolução com meia dúzia de gatos pingados?

Lamentavelmente, por mais que antigos militantes reclamem que "não se faz revolução somente de palavras", sem quadros é praticamente impossível vencer o capitalismo, atingir o socialismo e chegar ao comunismo, objetivo maior dos comunistas.

Ora, gastou-se tempo e ocupou-se espaço (na Associação Mineira de Imprensa) no que seria a comemoração dos 91 anos do Partido Comunista Brasileiro.

No entanto, a bem da verdade, o número de dirigentes e/ou militantes presentes ao ato realizado na AMI, quase que não passou do número de fundadores do Partido,em 25 de março de 1922...

Tem-se a impressão de que o velho Partidão não conseguiu sobreviver à débâcle do socialismo nos anos 89 e 91.

Parece que o chamado "ouro de Moscou" ( que na verdade nunca existiu) está a fazer falta no PCB...

O que se vê nas reuniões são realmente meia dúzia de gatos pingados, entre velhos capengas e jovens talvez à procura de um caminho que leve realmente ao socialismo de algum tipo, ainda que desconhecido...

O PCB tem-se apresentado patético. E ainda se fala em organizar o XV Congresso Nacional...

Nem mesmo resoluções de congressos anteriores são cumpridas e das conferências, muito menos.

Haja vista a decisão de se lutar por um Parlamento unicameral, com a extinção do Senado, optando-se somente pela Câmara...

Não há uma só palavra das direções neste sentido. Nem aproveitando-se a crise criada pela eleição do sr.Renan Calheiros para presidir o Congresso Nacional.

O partido aos 91 anos não é nem sombra do que o era ao tempo da curta legalidade dos anos 40...

Assim não é  de se  estranhar  que suas bases sejam somente pro forma, como que para se cumprir os estatutos, seguramente de olho no fundo partidário...

Repetindo Lênin, a pergunta é:"Que fazer?".

Fechar as portas, pedir desculpas aos trabalhadores e ao povo pela ausência de quadros e de militantes?

Partir para a defesa da reformulação partidária, tentar unir a esquerda em torno de um partido realmente de massa, que defenda os trabalhadores e o povo, talvez seja a única solução.

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