CONTRA O OBSCURANTISMO E A AUSTERIDADE
CONSTRUIR A GREVE GERAL DA EDUCAÇÃO!
Coordenação Nacional da UJC
Em menos de um mês, o novo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o governo Bolsonaro destilaram ameaças e adotaram medidas contra a universidade e a educação pública. Passando por restrições orçamentárias para área de humanas, o golpe nas eleições para a reitoria da UniRio, ameaça no corte de mais de 7 mil bolsas para estudantes de graduação e pós graduação e o absurdo mais recente: o anunciado corte em 30% no orçamento de todas as universidades federais.
Apesar de as universidades públicas no Brasil apresentarem indicadores de excelência, segundo dados internacionais e do próprio MEC, além de serem as principais produtoras de pesquisa, ciência e tecnologia no país, a proposta do governo é de sucateá-las cada vez mais.
Entendemos também o fundo político do primeiro anúncio feito pelo governo, que indicou, antes de todas as demais, o corte na UnB, na UFBA e na UFF: as três universidades sediaram eventos críticos ao governo, em especial da União Nacional dos Estudantes, e por isso seriam punidas.
Tais medidas apenas exemplificam como a atual política econômica ultraliberal, pautada pelos ditames da radicalização no corte dos investimentos sociais e na privatização de políticas públicas, se relaciona com métodos antidemocráticos do governo.
Por detrás do discurso anti-intelectual, irracional e anticientífico, está um projeto de educação a serviço da total entrega do país e suas instituições aos grandes conglomerados internacionais, ao capital financeiro e aos centros imperialistas. Atacar os avanços conquistados na educação pública é, na prática, transformar o Brasil numa semicolônia a serviço de especuladores, corruptos e lacaios dos EUA.
Para a União da Juventude Comunista e o Movimento por uma Universidade Popular, é hora de defendermos um outro projeto estratégico de educação e de país. A educação e Universidade devem estar a serviço da reconstrução de nosso país arruinado por uma política antipopular que gera mais de 13 milhões de desempregados, em sua maioria jovens.
Defender a produção de ciência e tecnologia a serviço da resolução dos problemas sociais, a ampliação do acesso e permanência dos estudantes e estreitar os vínculos das universidades com os interesses populares e desenvolvimento regional são parte de um projeto de reconstrução do Brasil na perspectiva de radicais transformações em prol da maioria da população.
Também devemos nos colocar firmemente ao lado de todos os trabalhadores e trabalhadoras do país contra o projeto da Reforma da Previdência. Esse projeto visa a aumentar o tempo de contribuição dos trabalhadores, diminuir o valor repassado ao aposentado e encaminhar a previdência, que é um direito social conquistado a duras penas, para regimes de capitalização, transferindo aos bancos privados valores que superam 1 trilhão de reais. Essa medida vai atacar com força a juventude, que está entrando agora no mercado de trabalho e vai sofrer os impactos integrais da Reforma, se ela for aprovada.
Nesse sentido, é hora de organizar e massificar a resistência. Nos somamos a todas as expressões unitárias de luta contra essas medidas. Avaliamos que é fundamental o movimento estudantil superar seus vícios e sua lógica burocrática para efetivar uma ampla resistência contra esses ataques.
Nos marcos do congresso da UNE, a ser realizado em Brasília, é importante que essa entidade siga o exemplo dos *povos* indígenas e ocupe a capital do país com debates, articulações com outros movimentos populares e mobilizações unitárias em defesa das liberdades democráticas e da universidade pública.
Por fim, conclamamos toda a juventude para se somar à Greve Geral da Educação no dia 15 de Maio, convocada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) e endossada pelo Encontro Nacional de Educação e pelo Fórum Sindical, Popular e de Juventude pelos Direitos e pelas Liberdades Democráticas.
Importante que façamos um dia 15 de ocupação das ruas, escolas e universidades com muito debate, participação e organização para efetivamente construirmos uma ampla resistência aos ataques do governo Bolsonaro a serviço do grande capital e do imperialismo. Será um primeiro passo para uma Greve Geral no país, apoiada na aliança de toda a classe trabalhadora, sindicatos, movimentos sociais e populares, capaz de encurralar o governo Bolsonaro, derrubar suas medidas antipopulares e dar um grande passo na reorganização da resistência no Brasil.
GREVE GERAL DA EDUCAÇÃO DIA 15/05!
MEXER NA EDUCAÇÃO, NEM PENSAR!!!
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