Lidyane Ponciano / CUT Minas
Intervenção relembrou relatos
de militantes torturados
Amélia Gomes
Com declamações de poemas e relatos de torturados pela ditadura militar, movimentos populares realizaram uma intervenção em frente ao antigo Departamento de Ordem e Política Social (Dops), em Belo Horizonte, na tarde de sábado (1).
A manifestação marcou os 53 anos do golpe militar e também encerrou o Congresso Extraordinário da Central Única dos Trabalhadores (CUT Minas), realizado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), desde a sexta (31).
"O Dops foi um dos principais locais de tortura em Minas Gerais. A intervenção é uma forma de chamar atenção para o descaso com a história de centenas de brasileiros que enfrentaram o período ditatorial", afirma Luciléia Miranda, do Levante Popular da Juventude. No ato, jovens apresentaram fotos e a história de diversos militantes que combateram a ditadura.
Atualmente, o prédio abriga o Departamento de Investigação Anti-drogas da Polícia Civil. Desde 2013, o local é tombado pelo patrimônio histórico de BH, quando foi prometida a sua transformação em um Museu de Memória, Verdade e Justiça. A previsão é que a inauguração do museu acontecesse em 2014, mas até hoje o projeto segue arquivado.
“Há mais de 3 anos esperamos pela inauguração do museu e até hoje nada foi feito. Não vamos esquecer da nossa história e estamos aqui para cobrar que ela seja respeitada. Neste contexto de um novo golpe no Brasil, é mais do que necessário se levantar na luta por justiça”, destaca Luciléia.
Pelo país
Em todo o país, foram realizadas ações de denúncia ao golpe de 1964. No Rio de Janeiro e em Brasília, O Levante Popular da Juventude ocupou as sedes da Rede Globo. De acordo com o movimento, as organizações Globo foram uma das responsáveis pelo golpe em 1964 e novamente protagonistas no golpe de 2016.
(Com o Brasil de Fato)
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