segunda-feira, 24 de abril de 2017

Cerca de 20 milhões de pessoas correm risco de fome, segundo a FAO

                                                                        
O diretor geral da FAO, José Graziano de Silva, advertiu hoje em Roma que umas 20 milhões de pessoas no Sudão do Sul, na Somália, no norte da Nigéria e no Iêmen correm risco de morrer por causa da fome.

Ao fazer a abertura do 165 período de sessões da Organização de Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), da Silva alertou que se algo não for feito a tempo em seis meses ocorrerá uma catástrofe humana nessas cinco nações.

Situação que como disse, 'a fome não só mata à gente' senão que também contribui à 'instabilidade social' e igualmente 'perpetua o ciclo de pobreza e dependência da ajuda que perdura durante décadas.

Antes, o diretor do organismo internacional da ONU chamou a atenção aos membros do Conselho e aos representantes dos países membros da FAO, que erradicar a pobreza extrema e conseguir fome zero como objetivos da Agenda 2030, requer atuar em muitas frentes.

Mencionou entre eles lutar contra a mudança climática, gerenciar os recursos naturais de uma maneira sustentável e aumentar a resistência dos pobres agricultores familiares e comunidades rurais frente aos conflitos e as crises prolongadas.

Da Silva comentou uma recente visita realizada por ele à Bacia do Lago Chade no princípio deste mês, onde os agricultores familiares e comunidades pobres rurais vivem em extrema pobreza e lutam contra os efeitos da mudança climática, as secas relacionadas, a falta de investimento público e de oportunidades para os jovens.

Além disso apontou que os meios de vida estão devastados pelos conflitos e pelos grupos armados e advertiu sobre a urgência de que essas pessoas recebam apoio, tarefa que se encontra bloqueada a FAO e seus sócios na região.

A distribuição de sementes de cereais, comida e vacinas e a provisão de transferências de dinheiro são algumas das contribuições da agência de ONU, junto à iniciativa da reposição dos rebanhos dos pastores.

Se não fazemos isto, disse da Silva, se acaba a esperança para essa pessoas, e apontou que eles 'têm que voltar a seus postos de trabalho, e a FAO tem a intenção de lhes ajudar ao fazer'.

Anunciou em tal sentido que se estuda a possibilidade de abrir um novo escritório subregional para o qual teve já uma reunião com representantes dos quatro países que expressaram interesse em a acolher.

As prioridades da FAO para o período 2018-2019 é tema da agenda deste Conselho, cujas sessões se estenderão até a sexta-feira, e da Silva adiantou em sua intervenção as 10 áreas prioritárias para a FAO aumentar sua capacidade técnica.

(Com Prensa Latina)

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