segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Comunistas argentinos rechaçam provocações de Macri contra Venezuela

                                

Comunistas argentinos, em 2010, no ato do Dia Nacional da Memória por Verdade e Justiça. wikimedia/Creative Commons Attribution 3.0.

Argentina - Diário Liberdade - Comunistas também fazem chamado pela defesa da integração latino-americano.

Em comunicado divulgado em seu site oficial, o Partido Comunista da Argentina (PCA) "rechaça as expressões de Mauricio Macri acerca da aplicação da cláusula democrática do Mercosul contra a nação irmã, República Bolivariana da Venezuela".

Para os comunistas, ao propor a tal cláusula, Macri - o presidente eleito na última eleição argentina - manifesta o caráter de dependência aos EUA de sua futura gestão.

Além de elogiar a democracia venezuelana, o PCA chama pela integração latino-americana e pela defesa da soberania venezuelana.

A nota:

"Pela integração latino-americana

O Partido Comunista da Argentina rechaça as expressões de Mauricio Macri acerca da aplicação da cláusula democrática do Mercosul contra a nação irmã, República Bolivariana da Venezuela.

Ao propor a tal cláusula, praticamente como primeira medida de governo, o presidente eleito manifesta o caráter de dependência dos EUA que terá sua política exterior, uma vez que a campanha de desestabilização contra o legítimo governo de Nicolás Maduro é dirigida desde Washington.

A cláusula democrática do Mercosul (Ushuaia 2) prescreve claramente que sua aplicação corresponde a casos de golpes de Estado ou de ruptura da ordem democrática, contra um governo constitucional. E, na Venezuela, os únicos golpistas são os amigos de Macri, que já fracassaram em várias tentativas nesse país.

Pelo contrário, a Venezuela ostenta o recorde de maior quantidade de eleições democráticas realizadas nos últimos tempos e já realiza os comícios parlamentares para próximo 6 de dezembro.

Evidentemente, a proposta macrista tende a intervir nesse processo eleitoral, que constitui uma ingerência ilegal nos assuntos internos de outro Estado. Faz também a apologia aos crimes de violência e homicídios pelos quais os tribunais venezuelanos condenaram cidadãos de seu país.

Porém, principalmente aponta contra o extraordinário processo de unidade e integração latino-americana e caribenha a que assistimos, com a criação da Unasur e da Celac, e com a ampliação do Mercosul, processo do qual a pátria de Bolívar tem sido protagonista.

Na verdade, o que se pretende é isolar a Venezuela por sua estratégia apontada ao Socialismo do Século XXI, pela recuperação da renda advinda do petróleo com o fim de colocá-la a serviço do povo trabalhador e por seu papel, tanto na nossa região, quanto entre os países exploradores de petróleo.

A vocação pró ianque do PRO e 'Cambiemos´ é expressada claramente em sua intenção de aproximar-se da Aliança do Pacífico, integrada pelos países que têm tratados de "livre comércio" com os EUA e a denominada "guerra contra o narcotráfico", que apenas deixou em seu rastro a repressão, a morte e mais delitos e insegurança, onde quer que tenha sido implantada, como no México e na Colômbia.

Faz 10 anos que derrotamos a ALCA, e agora pretendem retomar seu conteúdo pró imperialista e antipopular.

Apelamos a todas as forças populares e democráticas para que defendam a soberania nacional e a unidade latino-americana. E que combatam todas as tentativas de somar a Argentina ao coro de acólitos de Washington, em sua pretensão de derrotar a Revolução da Venezuela, iniciada pelo Comandante Hugo Chávez Frías.

Buenos Aires, 23 de novembro de 2015."

Tradução: blog da Resistência. (Com o Diário Liberdade)

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