quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
MEU RECADO
Cuba-Estados Unidos
José Carlos Alexandre
Briga de vizinhos tende a acabar com um aperto de mãos.
No caso de Estados Unidos e Cuba o aperto de mãos entre o presidente Barack Hussein Obama, dos Estados Unidos, e Raúl Castro, de Cuba, antecedeu o fim de um conflito de mais de 50 anos.
A grosso modo, um síndico distante dos dois brigões ajudou bastante a conciliação, reconheceram Raúl e Obama.
Trata-se da intermediação do papa argentino Francisco.
O Canadá, dizem as redes internacionais, também contribuiu para a détente.
Nesta história toda a comunidade internacional saiu ganhando com a libertação dos "Últimos soldados da guerra fria", os heróis cubanos.
Todos nós que nos alinhamos desde o princípio na campanha pela soltura dos cinco cubanos presos nos EUA.
Uma boa parte da reaproximação dos dois países também se deve à ONU que nos últimos anos vinha aprovando por absoluta maioria moções contra o embargo dos EUA ao pequeno país do Caribe.
Cuba vinha perdendo horrores desde o início do embargo, em 1962, impedido de comercializar com empresas norte-americanas e outras restrições que , se mal podemos comparar, soam como no passado, quando nações eram submetidas a cerco até provocar seu rendimento pela fome de seus cidadãos.
A Bíblia mesmo conta histórias de arrepiar no que tange às guerras de conquistas...
A resistência cubana chega às raias de uma epopeia moderna, tendo a frente os irmãos Castro, Fidel e Raúl, lutando lado a lado com a sofrida mas heróica população.
Está certo que ainda falta muita coisa para que os povos estadunidense e cubano possam viver como bons vizinhos.
O embargo econômico precisa contar com o aval do Capitólio.
E outras medidas, como o fim do enclave norte-americano de Guantánamo, precisam ser aceleradas.
Estamos enxergando, contudo, um ótimo caminho para a guerra fria ou o que dela resta nesta parte do mundo seja relegada para sempre às páginas da história.
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