quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Riani, Cidadão Honorário de BH

                       

José Carlos Alexandre

A Câmara Municipal de Belo Horizonte entregará hoje, quarta-feira, o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte ao ex-deputado estadual Clodesmidt Riani.

Tive o prazer de conhecê-lo na sede do Comando Estadual dos Trabalhadores que ficava no edifício "Balança mas não Cai", na Avenida Amazonas, esquina de rua Tupis.

No 3º andar. Um acima da sede da Federação dos Mineiros.

Os  locais eram presença diária dos sindicalistas mais atuantes da época.

Como o próprio Riani, que era o principal nome do CGT, a Central Geral dos Trabalhadores e da Comissão Organizadora do IV Congresso dos Trabalhadores de Minas Gerais.

Na qual despontavam nomes como o do também deputado estadual Sinval de Oliveira Bambirra, João Firmino Luzia, José Francisco Neres, Anélio Marques Guimarães, Hélio Salvador de Azevedo,Alaor Madureira etc.

Com Riani nunca tive muita convivência embora o respeitasse como sindicalista autêntico e nome de peso no então PTB, o anterior, não este de atualmente.

Depois tive a honra de trabalhar com um de seus filhos, na Secretaria de Estado do Trabalho (a anterior, que já mudou de nome várias vezes), ocasião em que tinha notícias frequentes do velho sindicalista, hoje com 93 anos.

Clodesmidt Riani foi eleito deputado em 1954 e reeleito em 1962, quando os trabalhadores elegeram os deputados-operários.

Eram três: o próprio Riani que é eletricista, Sinval Bambirra, que era tecelão, e Dazinho, o José Gomes Pimenta, meu conterrâneo, de Nova Lima.

Embora ele tenha nascido em Virginópolis e eu , em São Paulo, mas ambos fomos criados em Nova Lima.

Dazinho morreu em março de 2007.

Sinval de Oliveira Bambirra, em dezembro de 2003.

Hoje é nome de Praça no Bairro Vila Paris e seu busto valoriza a Avenida Prudente Morais, naquele bairro.

Dazinho, ex-presidente do Sindicato dos Mineiros de Nova Lima, era muito ligado à Igreja Católica.

Estive com ele no dia em que foi solto do DOPS, quando fiz uma entrevista , publicada no mesmo dia num jornal de Belo Horizonte.

Foi a segunda vez em que fui ao DOPS.

A primeira, quando eu era dirigente do então PSB, não este que está aí mas o anterior, de Francisco Mangabeira, Francisco Julião e Wilson Vidigal.

Fui com outros companheiros reclamar a aparelhagem de som do partido, apreendida quando se protestava na sede do PSB, no início da Afonso Pena, no dia da renúncia de Jânio Quadros.

Temíamos  um golpe de Estado, que acabou acontecendo em 1º de abril de 1964...

A terceira vez foi este ano, quando em frente ao ex-DOPS, participei de esculacho, defendendo a transformação daquele antro de tortura e maus-tratos, no Museu de Direitos Humanos, previsto em decreto assinado pelo ex-governador Itamar Franco.

Riani, nascido em Rio Casca, é um dos moradores históricos de Juiz de Fora.

E desde hoje,  é Cidadão Honorário de Belo Horizonte. Título, por sinal, que também muito me honra.

A minha saudação ao velho sindicalista e aos seus familiares.

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