Duas emissoras de TV abordam nesta semana o golpe militar de 1964. O canal SBT, do megaempresário Sílvio Santos, e a TV pública, o Canal Brasil.
Ambos considerados temas tabus nos meios de comunicação, principalmente depois que o governo Lula, curvando-se às pressões conservadoras, praticamente congelou o PNDH-3.
Sem descer a detalhes, basta dizer que o Programa Nacional de Defesa dos Direitos Humanos prevê a criação da Comissão da Verdade, para por a nu a questão das torturas durante o regime militar.
O SBT, com a novela Amor e Revolução, pretende contar o que foram os anos de repressão. No caso, o termo Revolução, não diz respeito o golpe de estado e sim ao processo político brasileiro da época.
De autoria de Tiago Santiago, que o SBT estreia dia 5, às 22h15, “Amor e Revolução”, tem direção de Reynaldo Boury. É a primeira trama ambientada na época da ditadura.
Com sucessivas chamadas na TV e abordagem da mídia em geral, a trama parece destinada ao sucesso, embora o horário talvez não ajude muito.
A produção e a direção do SBT têm justificado sua posição na grade de programação tão tarde devido às fortes cenas simulando tortura.
Na TV Brasil, também a partir desta semana, será exibido documentário, em três episódios, contadto a história do Brasil a partir da queda do ex-presidente João Goulart, enfocando também a resistência do povo brasileiro. O nome é bastante chamativo: O Dia que durou 21 anos.
Ambos os trabalhos poderão contribuir para contar pelo menos um pouco o que foram os duros anos de chumbo que enlutaram o povo brasileiro no período 1964/1985.
O que não deixa de ser positivo,m tendo em vista principalmente as novas gerações que ignoram o que se passou no período tão dramático para nosso povo.
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