quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

As aventuras imperialistas colocam a humanidade à beira de uma nova guerra - Declaração do Comitê Central do Partido Comunista do México

Aventuras imperialistas trazem nova guerra. 16415.jpegO Bureau Político do Partido Comunista do México se pronunciou acerca das perigosas manobras efetuadas pelos centros imperialistas nos últimos dias e que trazem consigo a possibilidade de arrastar os povos para uma nova guerra.
O imperialismo, que atualmente une em sua cadeia todas as economias capitalistas, implica a existência de interesses contraditórios entre as diferentes burguesias. Isto vem levando a que seus correspondentes Estados implantem uma crescente agressividade em seus planos e à sinistra formação de eixos e contraeixos econômicos, políticos e militares. Estas alianças e contra-alianças possuem, objetivamente, um conteúdo capitalista e, portanto, não supõem nenhum benefício para a classe operária, não se tratando da união fraterna dos povos. Trata-se de alianças para a agressão conjunta, para o assalto bárbaro contra a classe trabalhadora e para a proteção das ganâncias dos respectivos monopólios.
Sem a existência do campo socialista, o direito internacional se converteu num manto legal para justificar as últimas guerras. Os centros imperialistas respondem à força implantada por cada bloco imperialista e são limitados por ela. Trata-se de jogos perigosos que arrastam uma porção cada vez maior da humanidade às possibilidades de guerras.
Estes jogos imperialistas pedem particular atenção na região do Oriente Médio, onde é clara a existência de uma disputa pelo controle dos recursos energéticos. A UE, sob a pressão dos poderosos monopólios, decidiu colocar-se junto aos Estados Unidos e decretar um embargo econômico contra o Irã.
Dizer que se trata de punir o Irã por algum programa nuclear é a desculpa mais ridícula, já que alguns dos países com os maiores arsenais nucleares encontram-se na UE. A política imperialista levou os Estados Unidos a apoiarem o Irã na produção de Urânio enriquecido após a Segunda Guerra Mundial. Agora, a política é ditada pela decisão de outros centros imperialistas em disputar os recursos energéticos da região mediante ocupações.
O Irã, por sua parte, ameaça com o fechamento do estreito de Ormuz, onde passa grande parte do petróleo que circula no mercado mundial. Diante disto, os Estados Unidos e a OTAN mobilizam seus porta-aviões e iniciam seus preparativos bélicos.
Enfatizamos a reação de Israel, que vem sendo a de festejar o cenário favorável para uma confrontação. O governo israelense, há tempos, se prepara para uma guerra com o Irã com a premissa de expandir sua dominação na região.
Por um lado, se trataria de um novo episódio de massacre aos povos na corrida por mercados e recursos. Por outro lado, no contexto da crise econômica do capitalismo, uma guerra no Irã traria, como consequências, novos assaltos e cortes para a classe trabalhadora. Com base na especulação do petróleo, trabalhadores de todo o mundo se afundariam, empobrecendo.
Por essas graves consequências que seriam trazidas pelos conflitos, somamos nossa voz à dos Partidos Comunistas da região. Conclamamos, especialmente, a classe trabalhadora de nosso país para se atentar e se mobilizar contra esta perigosa guerra.
Proletários de todos os países, uni-vos!
Bureau Político do Partido Comunista do México
México, DF, 26 de Janeiro de 2012

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