domingo, 6 de novembro de 2011

Stalin exalta os trabalhadores à luta contra o nazismo: "Se os alemães querem uma guerra de extermínio, eles a terão"

                                                                
Em 6 de novembro de 1941, 24º aniversário da Revolução Bolchevique, Joseph Stalin, premiê da União Soviética, pronuncia um discurso para uma multidão de trabalhadores em Moscou.

A reunião teve lugar nos subterrâneos do metrô da capital soviética, nos espaços cobertos de mármore da estação Mayakovskaya. Na oportunidade, Stalin encorajou os trabalhadores a enfrentar os nazistas na Segunda Guerra Mundial: “Se os alemães querem uma guerra de extermínio, eles a terão”, afirmou.

Exatamente no dia seguinte, postando-se no alto do Mausoléu de Lênin na Praça Vermelha, Stalin recebeu a saudação de tropas do Exército Vermelho em desfile, estimulando-os a defender com valentia e com todas as forças a “sagrada Rússia”.

Abaixo do solo e embriagados do mais puro nacionalismo, os presentes à reunião decidiram que o governo não seria transferido de cidade e que, a despeito do avanço alemão, a tradicional parada militar na Praça Vermelha aconteceria com toda a pompa no dia seguinte.

Além de inflar o espírito patriótico dos militares e estimular o moral de toda a nação, Stalin pretendia mais. Enquanto o Exército Vermelho marchava pela Rua Gorki, o presidente norte-americano Franklin Roosevelt estendia os propósitos da Lei de Empréstimos e Arrendamento para incluir a União Soviética. O país comunista estaria então apto a receber o apoio logístico em armas, o que veio a ocorrer de forma limitada ao longo de toda a guerra.

Foi também durante a Segunda Guerra que o metrô de Moscou mostrou sua versatilidade. Enquanto a Alemanha conquistava o continente e ameaçava invadir a União Soviética, as estações serviam de abrigo antiaéreo, de hospital para a população e de quartel-general para o comando do Exército Vermelho.

Havia três linhas de 112 quilômetros de extensão exclusivamente dedicadas ao esforço de guerra, ligando o Kremlin ao aeroporto e aos principais quartéis do exército.

A cidade, na ocasião, tinha começado a ser o alvo dos raids aéreos alemães. A população foi ordenada a construir barricadas nas cidades, até mesmo na proximidade de Kremlin. O governo soviético foi evacuado para a parte leste da cidade de Kuybyshev, contudo Stalin continuou em Moscou.

 Para dar um exemplo da determinação dos soldados e aumentar a moral dos civis, ordenou a organização da tradicional parada militar a 7 de novembro para comemorar o aniversário da Revolução, na Praça Vermelha mesmo sob o perigo de bombardeios alemães. As tropas efetuaram a parada até o Kremlin e depois marcharam diretamente para frente de batalha. (Com o Opera Mundi)

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