O líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exercito Popular (FARC-EP), conhecido como "Alfonso Cano", morreu sexta-feira nos fortes enfrentamentos com o Exército colombiano registrados no departamento de Cauca, informou uma fonte do Ministério de Defesa do país andino.
O ministro colombiano de Defesa, Juan Carlos Pinzón, anunciou que a ofensiva militar empregada contra o entorno onde se encontrava "Cano", líder máximo das FARC, terminou com duas mortes e quatro capturas, entre elas a de seu chefe de segurança.
"El indio Efraín", como é conhecido, é o chefe de segurança de Cano e outros três capturados também fazem do anel de segurança do chefe das FARC, cujo nome real é Guillermo León Sáenz, disse o titular de Defesa em uma entrevista à imprensa.
Também disse que nas operações, que durante mais de dez horas tiveram como foco uma região conhecida como La Salvajina, faleceram outros dois guerrilheiros da Sexta Frente da guerrilha colombiana.
Segundo Pinzón, "nos combates morreram também um operador de rádios conhecido como El Zorro", com 14 anos de militância na guerrilha, bem como "uma mulher que pode ser a companheira sentimental de Alfonso Cano", precisou.
Analistas consideram que este é o golpe mais duro que as FARC-EP já sofreu em sua história. Por sua formação universitária e no marxismo colombiano, Alfonso Cano fazia mediação entre a luta guerrilheira e a luta política. Este assassinato vem em um momento em que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, estava em campanha de tom conciliador e pacificador em relação às guerrilhas.
Mais de 80% das vítimas do conflito colombiano são causadas pelas milícias paramilitares, 10% pelo Estado colombiano e 10% pelas guerrilhas, segundo organizações de direitos humanos.
Entre 5 a 8 milhões de colombianos e colombianas vivem no exílio em função da pobreza e da guerra, é o maior número de população deslocada no mundo, à frente do Iraque. (Com o Diário Libeerdade)
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