domingo, 31 de dezembro de 2017
sábado, 30 de dezembro de 2017
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
terça-feira, 26 de dezembro de 2017
Trabalhadores da Educação paralisam tudo nesta quarta para concentração em frente ao Palácio da Liberdade
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) convoca os trabalhadores e trabalhadoras para paralisação total de atividades no dia 27 de dezembro, com manifestação às 9h, em frente ao Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.
Na noite dessa quinta-feira (21/12/17), o governo do Estado se reuniu com dirigentes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e outras entidades representativas do funcionalismo, na sede do BDMG, em Belo Horizonte, quando fez o anúncio do parcelamento do 13º Salário em quatro vezes.
Após a reunião, a coordenadora-geral do Sindicato, Beatriz Cerqueira disse que “não houve uma mesa de negociação e que não foi anunciada uma proposta para que, a partir dela, o Sindicato pudesse fazer as suas considerações.”
Ao mesmo tempo em que anunciou para as entidades sindicais o parcelamento do 13º Salário, o governo de Minas, por meio do Secretário de governo, Odair Cunha, fez um anúncio para imprensa no Palácio da liberdade: o pagamento do 13º Salário será quitado em 4 parcelas: 19/01, 19/02, 19/03, 19/04, exceto Segurança Pública, Hemominas e Fhemig que receberão em duas parcelas (26/12/17 e 19/01/18). Foi anunciado ainda a escala de pagamento de janeiro de 2018: 12/01, 23/01 e 30/01.
O Sind-UTE/MG não concorda com essa escala que foi anunciada e já impetrou o Mandado de Segurança Coletivo, com pedido de Liminar, para que o Estado faça o pagamento do 13º ainda em dezembro, conforme prevê a legislação. Nessa sexta- feira, o desembargador que é relator do nosso processo, já poderá se manifestar porque ele deu 72h para que o Estado pudesse se manifestar previamente.
O Sindicato também tem feito denúncia pública de que há recursos da educação, ou seja, os 25% que são vinculados de determinados impostos. O Sind-UTE/MG apresenta dados do Departamento Intersindical de Economia e Estudos Socioeconômicos (Dieese ) que mostram que o Estado de Minas Gerais não investiu tudo o que recebeu da manutenção e desenvolvimento do ensino como, também, da Quota Salário-Educação (QESE).
“Na nossa avaliação, a partir dos dados do Dieese, o Governo de Minas teria condições de quitar o 13º salário da educação com os recursos que são vinculados, mas, nós defendemos uma política para todo o funcionalismo. Essa divisão dando a entender que algumas categorias são prioritárias em relação às demais é péssima”, ponderou Beatriz Cerqueira.
A divisão do pagamento do 13º Salário em quatro (4) parcelas, a partir de janeiro, de acordo com Sindicato, trata as pessoas com remunerações diferentes de forma igual, agravando essa desigualdade. “Auxiliar de Serviço de Educação Básica vai receber em quatro parcelas um 13º que é menor do que 1 (um) salário mínimo, enquanto pessoas que aqueles que têm uma renda de R$ 40 mil do Estado vão ter até janeiro o seu 13º quitado. Esse processo não foi equilibrado.”
O Sind-UTE/MG apresentou todos esses questionamentos durante a reunião com os representantes do governo, com posicionamento firme, uma vez que o 13º Salário, além de ser um direito, ajudaria muitas famílias que contam com esse recurso.
JESUS ERA BADERNEIRO COMUNISTA
Em sua coluna segunda-feira, na Folha de S.Paulo, Gregório Duvivier usou o Natal, e a mensagem de seu símbolo máximo, Jesus Cristo, para ironizar posições conservadoras no Brasil.
" JESUS ERA BADERNEIRO COMUNISTA
Por Gregório Duvivier
"Só mesmo no Brasil que o país para pra celebrar o aniversário de um líder comunista. Pior que isso: um baderneiro terrorista bolivariano sem-terra defensor de bandido e da prostituição.
O sujeito perdoava até o roubo, mas não perdoava a riqueza. "É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha", dizia ele, "do que um rico entrar no reino dos céus". Não sei se vocês já tentaram costurar usando um camelo. É dificílimo. E machuca à beça o camelo.
(...)
Olhem pra vida do rapaz: não acumulou riqueza, não se formou, ao invés disso vivia descalço cercado de leprosos defendendo bandido. Isso não significa, no entanto, que ele fosse paz e amor. O sujeito tava mais pra Marighella que pra Gandhi.
Quando entrou no templo e viu que tava cheio de caixa eletrônico, chutou —literalmente— o pau da barraca, como estivesse na loja da Toulon em 2013. Não sobrou pedra sobre pedra do templo de Salomão. O jovem black bloc bicou pro alto tudo quanto era maquininha da Cielo."
(Com 247/Prestes a Ressurgir)
domingo, 24 de dezembro de 2017
sábado, 23 de dezembro de 2017
KKE à frente da Greve Geral na Grécia
COMUNISTAS EM LUTA PELO MUNDO
SECRETARIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DO PCB
Contra as intenções do governo e do patronato gregos e da União Europeia de deteriorar a vida da classe operária e do povo em favor dos lucros do capital, milhares de trabalhadores deram uma resposta dinâmica e forte com sua participação na greve geral de 14 de dezembro de 2017.
As manifestações da Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME) enviaram uma mensagem de contraposição e de escalada da luta por um Contrato Coletivo Nacional de Trabalho, por um salario mínimo de 751 euros, por aumentos nos salários, pela proibição das subastas, contra a restrição do direito greve pela lei que está impulsionado o governo da coalizão SYRIZA-ANEL.
Os manifestantes reafirmaram sua determinação de não aceitar a abolição da jornada laboral de 8 horas, da estabilidade do emprego, do trabalho ilegal e sem seguridade social, assim como os cortes nos gastos sociais e aos saques aos fundos de pensão que vêm sendo praticados no país. A restrição ao direito de grave, apontada pelo governo, foi duramente criticada.
A mobilização em Atenas terminou com uma passeata até a Embaixada dos EUA, onde foi enviada uma mensagem de solidariedade com o povo palestino e proferida a condenação à decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.
O Secretário Geral do Comitê Central del KKE, Dimitris Koutsoum, participou da manifestação em Atenas e, em entrevista à imprensa, denunciou as “práticas miseráveis” do governo SYRIZA-ANEL, e conclamou os trabalhadores gregos à superação das ilusões e falsas expectativas para abrir o caminho rumo à abolição de todas as medidas antipopulares previstas nos memorandos do governos, com vistas à recuperação das perdas sofridas pelos trabalhadores durante o período da crise, apontando para mudanças radicais na sociedade e na economia gregas.
Para o Secretário, estas questões estão nas mãos da classe trabalhadora e das camadas populares do país. Para ele, é possível seguir adiante imediatamente, mudar a correlação de forças nos sindicatos e nos movimentos de massa com o fortalecimento do KKE, o reagrupamento do movimento sindical e o fortalecimento da aliança de todos os oprimidos e desfavorecidos da Grécia.
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
A decisão do Sr. Trump
Khader Othman
A última decisão do Sr. Trump sobre o reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado de Israel é contrária a todas as Resoluções dos órgãos internacionais referente aos direitos dos palestinos sobre sua Pátria.
Palestina está sob ocupação sionista há 70 anos e esta decisão revela a cumplicidade imperialista EUA-Israel.
Mas, também, desmascara aqueles palestinos cúmplices dos Acordos de OSLO que, armados de pragmatismo, levantavam o tema Estado palestino.
Tenho pena deles, correndo para aparecer diante das câmeras arrumando as suas gravatas, nesta hora em que nos retiram – apenas em oratória – nossa capital.
Tenho pena da ignorância falando alto, desde 1992 insistem na mídia ‘que o estado palestino virá através das promessas dos USA’.
Vamos levantar o tema adequado para nossa causa: Estado palestino livre e soberano!
E nosso Estado independente virá somente com luta e com a união nacional! Se consolidará através do abandono por completo da ideia de dois estados.
Descartando o caminho perigoso e escuro de OSLO e seus cúmplices, e, assim, trilharemos unidos o caminho justo, rumo a Jerusalém, a capital eterna da Palestina!
Palestina livre do sionismo já!
Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino
dezembro – 2017
comitepalestinasc@gmail.com
https://www.facebook.com/rafiqa.salam
Petroleiros: rejeitar o acordo e preparar a greve!
Comitê de Petroleiros da Unidade Classista – RJ
Nenhum direito a menos!
O Comitê de Petroleiros da Unidade Classista vem por meio desta nota esclarecer aos trabalhadores alguns fatos ocorridos nessa negociação de ACT.
Em primeiro lugar, rechaçamos profundamente a decisão do colegiado da FUP em indicar a aceitação da última proposta apresentada pela Petrobrás.
Diferentemente do que foi informado pelo coordenador geral da FUP em vídeo divulgado recentemente, a atual proposta contém, sim, perdas de direitos. Na nossa visão, uma das cláusulas mais perigosas para os petroleiros é a de número 42, que cita a possibilidade de demissão em massa, contanto que haja mera comunicação à FUP e sindicatos.
É necessário retirar do texto o trecho com essa condição ardilosa, fazendo constar uma redação de segurança de emprego inequívoca. Do contrário, essa mudança escancara as portas para a demissão em massa de funcionários próprios.
Além disso, temos perdas salariais devido ao reajuste menor do que a inflação, indução compulsória do uso do vale refeição/alimentação em substituição ao auxílio, e a dita “remodelagem” do Benefício Farmácia, que se levada a cabo como proposta, muito provavelmente irá desmontar essa conquista.
Não podemos aceitar um grupo de trabalho funcionando posteriormente ao estabelecimento das novas regras, ainda que o prazo de início de vigor do novo modelo seja postergado, uma vez que não haverá garantia real de se interceder nessas regras, propor outras ou mesmo revertê-las.
Também nos causa estranheza o próprio diretor de RH da Petrobrás, Sr. Hugo Repsold, informar em primeira mão o indicativo de aceitação por parte da FUP, antes mesmo da própria FUP, o que nos leva a suspeitar da lisura desta negociação.
A recorrente prática de conciliação política com os que nos atacam, mesmo após o golpe, é um dos fatores que criaram as condições para a inauguração do período de instabilidade política, recrudescimento autoritário, e aceleração do desmonte estatal e das contrarreformas que vitimam os trabalhadores.
A conciliação neste novo cenário se configura como uma mera submissão caricata, pois os donos do poder, diante da crise global, já não estão dispostos a conceder sequer migalhas aos trabalhadores e excluídos.
Diante de tamanho descalabro, conclamamos todos os petroleiros a comparecerem às assembleias para votar NÃO a essa proposta! Cerraremos fileiras junto à FNP, sindicatos e principalmente todos os petroleiros que tenham intenção de lançar mão da greve como último recurso, completamente legítimo, se necessário, para impedir o desmonte e a privatização e para garantir SMS, direitos e estabilidade para os petroleiros e para os trabalhadores brasileiros, que sofrem com o desemprego e a grande alta de preços de derivados do petróleo por conta do projeto privatista!
Vamos lutar por um ACT digno! Não podemos aceitar tamanho retrocesso! Quem luta, conquista!
Disponível em https://www.facebook.com/UnidadeClassistaPetroleirosRJ
Rejeitar a proposta de ACT e criar as condições para a Greve
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
Investigação interna da Volkswagen indica colaboração da montadora com ditadura
Lúcio Bellentani, preso e torturado à época, acha o relatório pífio
Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil
Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil
Relatório produzido a pedido da empresa Volkswagen (VW) indica a colaboração da montadora alemã com a ditadura militar brasileira, mas alega que ocorreu por meio de um chefe de departamento, “com o conhecimento tácito da diretoria”. A Agência Brasil teve acesso ao documento, entregue previamente a sindicalistas reconhecidos como vítimas. “A VW do Brasil foi irrestritamente leal ao governo militar e compartilhou os seus objetivos econômicos e de política externa”, diz o texto produzido pelo historiador Christopher Kooper, da Universidade de Bielefeld, na Alemanha, que sugere outras formas de colaboração da empresa com o regime militar.
O relatório será divulgado nesta quinta-feira (14) em evento na sede da empresa em São Bernardo do Campo, com a participação do historiador Christopher Kopper e do presidente da Volkswagen Região América do Sul e Brasil, Pablo Di Si. Segundo a empresa, na ocasião será anunciado apoio a entidades de promoção aos direitos humanos, “que apresentarão seu olhar sobre o futuro no tocante a esse relevante tema”. A montadora informou, por meio da assessoria de imprensa, que só comentaria o documento nesta quinta-feira.
Relatório da VW em mãos do Dops, um do órgãos de repressão do regime militar. Reprodução.
O estudo contratado pela matriz da Volkswagen, na Alemanha, foi produzido após instauração de inquérito civil pelo Ministério Público Federal (MPF) para apurar a responsabilidade da montadora em “graves violações de direitos humanos”. A investigação foi iniciada após representação assinada pelas centrais sindicais brasileiras, sindicatos e ex-trabalhadores da empresa, em setembro de 2015. O pedido foi feito a partir das conclusões da Comissão Nacional da Verdade, que apontam a colaboração da empresa com a repressão, além de discriminar trabalhadores com atuação sindical.
Entre as condutas da empresa investigadas estão, por exemplo, permitir a prisão de funcionários no interior de suas unidades; de perseguir trabalhadores por atuação política e sindical, criando “listas negras” para impedir contratação desses profissionais; produzir informações para encaminhamento aos órgãos de repressão; colaborar financeiramente com o regime; e permitir práticas de tortura na sede da montadora.
Atuação de diretor
O relatório aponta que a colaboração se deu, sobretudo, pela atuação do chefe de Departamento de Segurança Industrial Ademar Rudge, que “agia por iniciativa própria, mas com o conhecimento tácito da diretoria”. Segundo o documento, essa colaboração ocorreu de 1969 a 1979. Pela avaliação de Christopher Kooper, Rudge “sentia-se particularmente comprometido com os órgãos de segurança”, por ter sido oficial das Forças Armadas.
“Uma vez que não havia obrigação legal de informar sobre manifestações de opinião da oposição, o chefe da segurança industrial, no monitoramento e na denúncia das atividades da oposição do pessoal, agia em responsabilidade própria e com uma lealdade natural ao governo militar”, diz o relatório. Rudge, ainda durante suas atividades na Volkswagen, que se encerraram em 1991 com a aposentadoria, foi promovido, como reservista, a coronel do Exército Brasileiro.
O historiador da Volkswagen aponta ainda que “não é possível determinar, com exatidão, o grau de participação da segurança institucional na descoberta e na prisão de um grupo de comunista ilegal”. No entanto, reconhece que uma atitude “menos cooperativa” poderia ter “ao menos adiado e possivelmente evitado as prisões”.
Ficha da VW informando a conduta de operários na greve de 1979. Reprodução
O relatório cita o depoimento do operário Lúcio Bellentani, atual presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados do Brasil, o qual afirma que, além de a montadora permitir a prisão dele dentro da fábrica em que trabalhava, as práticas de tortura tiveram início dentro da própria unidade. Kooper aponta também a existência de “listas negras” dos empregados considerados politicamente indesejados.
Mudança cultural
As conclusões do relatório destacam ainda, em 1979, o início de “mudanças na cultura empresarial” da Volkswagen, transformando-se em uma “empresa de vanguarda no Brasil nas questões de democracia empresarial”. Kooper cita, por exemplo, a instalação das comissões de fábrica eleitas pelos trabalhadores.
Sobre o oferecimento de apoio material ao Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), órgão de repressão militar, o historiador contratado pela montadora diz que isso não “pôde ser comprovado com indícios inequívocos”. Por outro lado, destaca ser possível que tenha havido “participação financeira indireta” por meio de contribuições à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), inclusive com fornecimento gratuito de veículos.
O documento atesta ainda que a diretoria executiva da VW do Brasil não participou do golpe de 1964, nem ofereceu ajuda aos golpistas. No entanto, a empresa avaliou positivamente a instituição de uma ditadura militar repressiva, “uma vez que contava com uma política mais estável e favorável às empresas”.
Crítica ao relatório
O relatório produzido por Kooper foi entregue com antecedência atendendo a pedido dos sindicalistas que foram vítimas da colaboração da montadora com o regime militar. Lúcio Bellentani, que foi preso e torturado dentro da montadora, relatou à reportagem que fez essa exigência para que pudesse definir se compareceria ao evento. “Eu sempre dizia: nós não vamos a este ato, porque nós não sabemos o que está no relatório”, disse o sindicalista. Segundo ele, a empresa enviou o relatório extraoficialmente no dia 1º de dezembro para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo.
Um grupo de aproximadamente 20 ex-funcionários perseguidos durante o regime militar recusou o convite de apresentação do documento, ao considerar o relatório insuficiente por não apresentar provas documentais. “Eu acredito, pelo renome do historiador, que, se ele tivesse todas as informações, não teria feito esse tipo de relatório. Não acredito que a Volkswagen abriu todos os arquivos para ele”, avaliou Bellentani.
Bellentani esclarece que tinha a expectativa de que o documento avançasse no estabelecimento de provas, a partir de documentos da própria montadora. “Você não tem sequer a citação de um documento da Volkswagen, o que encontra é o meu depoimento na íntegra, que dei na Comissão da Verdade”, criticou.
O sindicalista reclama ainda de uma postura propositiva no sentido de uma reparação por parte da montadora. “Uma atitude digna seria: 'O nosso relatório está pronto, então vamos começar a conversar e negociar quais as soluções?' E oficializa isso, chama MPF, trabalhadores, centrais e façam propostas”, argumentou.
O sindicalista reclama ainda de uma postura propositiva no sentido de uma reparação por parte da montadora. “Uma atitude digna seria: 'O nosso relatório está pronto, então vamos começar a conversar e negociar quais as soluções?' E oficializa isso, chama MPF, trabalhadores, centrais e façam propostas”, argumentou.
Ministério Público
O procurador Pedro Machado, do Ministério Público Federal (MPF), disse, em entrevista à Agência Brasil, que recebeu o relatório produzido pela empresa e irá juntá-lo ao inquérito. Ele apontou que, em reunião com a empresa, a VW sinalizou a intenção de um acordo, mas não apresentou proposta concreta.
“Sinalizou também que revisou posicionamento sobre o assunto porque, no início, o posicionamento foi de que a empresa não tinha feito nada de errado, que não tinha nenhum problema e que não tinha o que ser investigado. Talvez este relatório chegou a uma posição diferente, então estão revendo a posição, mas não apresentaram nada de concreto com relação a um acordo”, disse.
Machado informou ainda que a investigação está em curso e que espera que o relatório da empresa possa contribuir para a conclusão do inquérito. Ele disse também que novas diligências investigatórias, inclusive com colaboração do Ministério Público da Alemanha, foram solicitadas ao Itamaraty. Segundo Machado, a partir desses dados, será avaliada a medida judicial cabível.
(Com a Agência Brasil)
(Com a Agência Brasil)
quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
Vem aí a Festa do Jornal Poder Popular! Sábado, às 14h21
Chegamos ao fim de mais um ano repleto de lutas intensas e pequenos,porém firmes passos em frente.E para confraternizar e descontrair entre camaradas e amigos, e já ir reunindo forças para as lutas do ano que se aproxima.
no dia 16 acontecerá a festa do nosso Jornal, O Poder Popular,um jornal a serviço da Revolução Socialista!
* Grupo Raiz de Jiló -Chorinho, samba e forró
* Bebidas e comidas valores populares
* Banquinha Livros, agenda, jornal
* Bazar do Ana -Uma ótima oportunidade de comprar Blusinhas por um precinho super camarada.
* Sarau de Poesias, tragam suas poesias para compartilhar com a gente,ficaram expostas em um varal durante toda a festa
Política, Cultura e gastronomia !
A entrada é gratuita
SINTAPPI - Rua timbiras 2595 - atrás edifício JK
Festão do Jornal O Poder Popular : 16/12 sábado 15 às 22 h - terraço
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
Correio Braziliense congela férias de funcionários
Na última semana, os jornalistas do Correio Braziliense foram surpreendidos com e-mail com o seguinte título: “Férias 2018”. No texto, a diretoria do veículo de comunicação informa que o período de descanso está suspenso até 30 de junho do próximo ano, sendo mantidas somente as férias compulsórias. A reportagem do Portal Comunique-se apurou a situação e descobriu que o comunicado chega após alguns atrasos no pagamento das férias.
De acordo com as informações enviadas por e-mail, a medida de congelamento vale para toda a empresa. Ficou a cargo dos gestores receberem os formulários de suas equipes para “conhecimento e ciência dos funcionários que se enquadram na condição de férias compulsórias”. Até a tarde desta segunda-feira, 4, nenhuma reunião foi realizada para falar sobre o caso. Fontes informaram ao Portal Comunique-se que a decisão é inédita sendo que, antes disso, era possível negociar o descanso dentro do período aquisitivo.
A apuração da reportagem mostra, ainda, que existem casos recentes de atraso no pagamento do benefício, sendo que alguns colaboradores saíram e retornaram do descanso sem receber o valor proporcional ao período.
Ainda que a Lei Trabalhista tenha sofrido alterações no último mês, o congelamento não é ilegal, sendo o empregador o responsável por decidir qual o melhor período para o descanso do time. Com a reforma, o que muda é que, agora, as férias poderão ser fracionadas em até três vezes.
No Correio Braziliense, há ainda a informação de que a empresa pretende prorrogar a suspensão das férias até o final de 2018. Se isso acontecer, os profissionais que descansaram no período aquisitivo em 2017 deverão ter férias compulsórias somente no segundo semestre de 2019.
O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal relata, em contato com a reportagem, que o Correio Braziliense passa por dificuldades financeiras há três anos. A situação já fez com que o veículo atrasasse pagamento de salário e benefícios.
A entidade afirma que negocia com a empresa e que na última assembleia, realizada em 20 de novembro, ficou acertado a regularização das dívidas com os freelas e editores, que estavam sem receber o pagamento. Na quarta-feira, 6, outra conversa deve acontecer entre o sindicato e a empesa de comunicação.
Filmes sobre a Revolução de Outubro de 1917
Miguel Gonçalves Trujillo Filho
Organizei uma lista de filmes disponíveis na web para quem quer estudar, conhecer mais ou aprofundar os conhecimentos sobre esse importante momento da história do Século XX e um dos mais brilhantes da história dos povos em luta.
1. Outubro
Obra prima de Sergei Eisenstein, que reproduziu, em 1929, os acontecimentos anteriores ao levante de 25 de outubro de 1917.
2. A Revolução Russa e o adeus a Lenin (Imagens raras)
3. Do Czar a Lênin
Lançado em 1937 (Nova Iorque) e dirigido por Herman Axelbank. O filme foi tratado como uma versão trostskista da história.
Legendas em português.
4. Encouraçado Potenkin
Outro filme clássico do diretor Sergei Eisenstein. Nesse filme ele retrata uma rebelião de marinheiros em 1905
5. Requiem para Lenin ou As três canções para Lenin.
Direção de Dziga VERTOV, (1934) é uma grande obra do diretor soviético responsável nesse trabalho, que apresenta três canções anônimas sobre Lenin, com muita propaganda, especialmente sobre as mudanças da vida na Rússia pela Revolção através dos olhos do campesinato. Esse foi tratado e recebido como parte da propaganda pró Stalin.
6. Eles se atreveram - A Revolução Russa de 1917
Documentário realizado por Contraimagem em colaboração com o Instituto do Pensamento Socialista Karl Marx, dedicado aos 90 anos da Revolução Russa de 1917. Uma história com uma visão mais próxima de Trotsky, mas não cai na disputa acima do suportável. É MUITO bom, mesmo.
7. Lenin em Outubro
Neste clássico de Mikhail Romm, retratando 1917, desde a Frota do Báltico e unidades do Exército sublevadas contra o governo Kerenski, os operários e camponeses que exigem paz à construção da insurreição e o processo da contra revolução até o triunfo.
Mikhail Romm (1937), 108 min.
8. Dez Dias que Mudaram o Mundo
Belas imagens e um pequeno documentário sobre os fatos que desencadearam no levante de outubro de 1917.
Dublado.
Vídeo de 41':54", sobre a Revolução Russa. Produzido pelo Partido Operário Socialista Espanhol (POSI) e com legendas e áudio em português. Com imagens originais, mostra o período que antecede a Revolução Russa de 1917.
9. Batalha da Rússia (Por que lutamos?)
Filme norte americado produzido como peça de propaganda para convencer o povo das razões da entrada na Guerra em 1942. O diretor produziu 5 filmes a pedido do Departamento de Estado Produzido. Essa é a parte 5 e ganhou o Oscar em 1943. Nele, os EUA, após passar duas décadas atacando a URSS, ao se aliar a URSS contra o eixo (Alemanha, Itália e Japão) foi obrigado e fazer um filme para mostrar uma “outra” Russia.
O conjunto de filmes foram intitulado Porque Lutamos (Why we fight) e esse sobre a Rússia é o A Batalha da Russia. Bem interessante sobre a história da Russia.
(Com Prestes a Ressurgir)
segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
"Nossa luta (e não Trump) é que decidirá o destino de Jerusalém!"
A Frente Popular para a Libertação da Palestina interpretou a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, como uma declaração de guerra contra o povo palestino e seus direitos legítimos, mostrando que os EUA são claramente uma entidade hostil em relação ao nosso povo e cúmplice do estado sionista nos crimes que comete contra o povo palestino e nossa terra e deve ser tratado nesta lógica.
Com esta atitude, Trump dispara um “tiro de misericórdia” na chamada “solução de dois estados”, no projeto de assentamento e nas ilusões do processo de paz. Por outro lado, estimula as lideranças palestinas ao aprendizado das lições necessárias sobre a experiência devastadora da dependência nas negociações e na dominação dos EUA e a anunciar a retirada imediata do acordo de Oslo e todas as obrigações posteriores.
A FPLP convoca as massas palestinas e suas organizações para unir seus esforços e responder coletivamente de maneira realista e vigorosa a essa decisão através da ação e escalada do impulso do movimento popular.
A batalha por Jerusalém é uma batalha para toda a Palestina. Para nós, Jerusalém é Haifa, Safad, Yafa, Gaza, Ramallah e todas as aldeias e cidades da Palestina.
Além disso, a Frente enfatiza a necessidade de enfrentar o triângulo de conspiração contra Jerusalém, a Palestina e os direitos do povo palestino e árabe, ou seja, enfrentar o imperialismo, o sionismo e os regimes árabes reacionários abrindo as portas para as opções adequadas para resistir a esses esquemas.
As massas árabes também rejeitam claramente a decisão dos EUA, que aclara ainda mais a natureza do imperialismo norte-americano como o principal patrocinador do terror sionista no mundo árabe que busca, constantemente, inflamar a região para manter sua hegemonia.
Jerusalém sempre será a capital do povo palestino e do Estado da Palestina e a aliança imperialista- sionista não terá êxito nas tentativas de destruir a identidade árabe da cidade e seu status no mundo árabe e islâmico.
Frente Popular para a Libertação da Palestina
6 de dezembro de 2017
Original: http://pflp.ps/english/2017/12/06/pflp-our-struggle-not-trump-will-decide-the-fate-of-jerusalem/
Extraído de: http://somostodospalestinos.blogspot.com.br/2017/12/pflp-nossa-luta-nao-trump-decidira-o.html
domingo, 10 de dezembro de 2017
Brasil: jornalistas relatam rotina de assédio sexual
Se você é uma mulher trabalhando em uma redação, talvez os relatos acima pareçam familiares. Eles foram colhidos em grupos focais para o relatório “Mulheres no Jornalismo Brasileiro”, feita em parceria entre a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o site de jornalismo Gênero e Número.
Os resultados apontam que 70,4% das mulheres que responderam ao questionário online da pesquisa já receberam cantadas que as deixaram desconfortáveis no exercício da profissão. Outras 70,2% afirmaram já ter presenciado ou tomado conhecimento de assédio a colegas no ambiente de trabalho.
O levantamento, o primeiro do tipo no Brasil, ouviu 42 mulheres em mesas de discussão em Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília e São Paulo, além de 477 jornalistas de 277 veículos, que responderam a um formulário pela internet. O cenário encontrado pelos pesquisadores mostra um ambiente de redações em que as práticas sexistas são naturalizadas, segundo a coordenadora do relatório e cofundadora da Gênero e Número, Natália Mazotte. Para ela, o constrangimento sofrido pelas mulheres impacta severamente seu trabalho.
“Vimos casos em que a mulheres citaram explicitamente não ter ido a um encontro social com uma fonte por se sentirem constrangidas. Tem todo um universo de práticas dentro e fora das redações que dificulta o trabalho das mulheres jornalistas, que hoje em dia são maioria. Se não cuidarmos disso, vamos estar interferindo na qualidade do jornalismo como um todo”, disse ela ao Centro Knight.
Hoje, as mulheres são mais de 60% dos profissionais de jornalismo no Brasil, de acordo com uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina. O presidente da Abraji, Thiago Herdy, afirma que a iniciativa de fazer o relatório veio do entendimento de que o assédio de uma fonte a uma repórter que está em busca de informação é uma ameaça à liberdade de expressão e de imprensa.
“Tem a mesma gravidade do caso de um repórter que leva uma pedrada de manifestante ou tiro de borracha da polícia em uma manifestação. Entendemos que o primeiro passo para lidar com o problema seria produzir um diagnóstico preciso deste quadro”, disse ele ao Centro Knight.
As situações relatadas pelas mulheres ouvidas no relatório vão além do assédio: foram reportadas também assimetrias na distribuição de tarefas (57,7% das jornalistas disseram ter sido discriminadas), nas determinações de horários de trabalho (23,7%) e nas obtenções de aumentos (35,4%) e de promoções (39,4%).
“Meu chefe, quando eu ainda era estagiária, me disse que não me efetivaria porque ‘só trabalho com homens’”; “já me tiraram de uma pauta justamente por ser mulher e deram para o homem fazer porque seria algo perigoso para mim”; e “eu sou a repórter que ganha menos na minha editoria. Eu sou o menor salário” foram alguns dos desabafos feitos nos grupos focais da pesquisa.
(Gráfico de Lillian Michel/Knight Center)
Mazotte explica que, mesmo as situações de menor potencial ofensivo, como ouvir piadas machistas (experiência vivida por 92,3% das pesquisadas), interferem no trabalho da mulher e, consequentemente, na cobertura jornalística. Segundo ela, esse cenário acaba minando a confiança das repórteres.
“As mulheres de fato se sentem desqualificadas nesse ambiente nocivo da redação e isso coloca a mulher em um lugar inferior. O homem se sente mais à vontade com as fontes, ele se sente mais ouvido, ele tem um acolhimento dentro do espaço da redação que dá a ele uma confiança maior”, resumiu Mazotte.
No final, o jornalismo também sai prejudicado, especialmente na cobertura de gênero e outras questões identitárias, de acordo com o relatório. As mulheres ouvidas na pesquisa reclamaram da banalização de temas como violência doméstica, estupro, feminicídio, discriminação e machismo. Algumas disseram que editores homens interferiram em matérias, suavizando casos de violência contra a mulher.
Para Mazotte, essa tendência aponta para a necessidade de diversidade de visões de mundo nas coberturas jornalística. E não apenas em questões de gênero, mas também de raça — 94,5% das respondentes disseram haver mais pessoas brancas do que negras em seus veículos.
“Consolidamos nas redações uma cultura em que o estereótipo de gênero predomina e aponta que tipo de trabalho pode ser feito por mulheres e por homens. Isso acaba consolidando um tipo de olhar que é muito pouco diverso”, disse.
Captura de tela da pesquisa Mulheres no Jornalismo Brasileiro
“Se em pautas de gênero a mulher não é ouvida em última instância, você corre o risco de gerar falas preconceituosas, que não vão qualificar o debate em torno daquele tema. Isso é uma das funções da imprensa — qualificar o debate público, informar as pessoas. Se a gente acaba confirmando vieses, não estamos informando, só estamos reafirmando o que já é status quo”.
A pesquisa apontou para cenários positivos em relação a representação feminina nos cargos de editoras. Segundo a pesquisa, 44% das entrevistadas tinham editores homens, 37,5% tinham editoras mulheres e 12% eram elas mesmas editoras. Na área de economia, há muito mais mulheres editoras, o que indica a conquista feminina de espaços anteriormente masculinos.
“Para mim, a perspectiva é boa. As mulheres estão mais conscientes das dificuldades e discriminação que elas sofrem. Estamos caminhando para um lugar de melhores condições das mulheres. Só de a gente estar olhando para isso agora, mapeando os problemas, dispostos a conversar sobre isso, já é um grande avanço”, disse Mazotte.
O presidente da Abraji, Herdy, adianta que no primeiro semestre de 2018 a associação vai realizar uma campanha de sensibilização em torno do tema. “Queremos mostrar que o assédio à repórter por fonte diz respeito a todos nós e combatê-lo é lutar pelo direito à informação de qualidade”, disse ele. “Iremos compartilhar os resultados da pesquisa com a direção dos veículos. Estamos certos de que, no atual contexto, são dados que interessam também a eles”.
(Com a ABI)
Comissão da Verdade condena "ataque" contra a UFMG
A Comissão da Verdade em Minas Gerais (COVEMG) recebeu com surpresa e indignação a notícia da realização da operação da Polícia Federal, ironicamente, intitulada “Esperança Equilibrista”.
Há um evidente ataque de setores conservadores e autoritários contra a Universidade brasileira e tudo o que essas instituições representam para o Brasil.
O ocorrido com o reitor da UFSC, a absurda nota de instituição financeira do exterior a criminalizar o ensino superior público, as inúmeras investidas contra os setores profissionais, artísticos e culturais que lutam contra o arbítrio e pela democracia real são claros sinais do estado de exceção em curso no país.
A construção do Memorial da Anistia em Belo Horizonte é um complexo projeto arquitetônico e de engenharia que envolve a reforma de prédios antigos e a construção de novos equipamentos em terreno com problemas estruturais. Portanto, o devido acompanhamento dessa obra, paralisada a fórceps pelo atual governo federal, não deveria ser objeto de ação policial e sim, de adequações financeiras, técnicas e administrativas.
Os acervos memorialístico e documental que compõem o Memorial, de vital importância para a história, a memória e a justiça em nosso país, demandam uma construção cuidadosa e diversificada.
Ao criminalizar uma das maiores Universidades do país abre-se a porta para a criminalização de todo um segmento que não se alinha aos setores autoritários. Nós da Covemg conhecemos bem essa metodologia.
Manifestamos nossa solidariedade aos dirigentes e ex-dirigentes da UFMG constrangidos nessa operação. Afinal, tendo residência fixa e sendo cidadãos do mais alto conceito, a condução coercitiva se transforma numa brutal violência, a evidenciar o obscurantismo que envolve ações da justiça e da polícia nesse momento histórico.
Estendemos à toda a comunidade da UFMG nossa solidariedade e apoio.
Belo Horizonte, 06 de dezembro de 2017.
COMISSAO DA VERDADE EM MINAS GERAIS
Carlos Melgaço Valadares
Emely Vieira Salazar
Jurandir Persichini Cunha
Maria Celina Pinto Albano
Maria Ceres Pimenta Spínola Castro
Paulo Afonso Moreira
Robson Sávio Reis Souza (coord.)
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
Viva a Grande Revolução de Outubro, contra 100 anos de agressão imperialista!
Andre Vltchek [*]
O mundo está em ruínas. Está literalmente a arder, coberto por favelas, por campos de refugiados, e na sua grande maioria é controlado pelos "mercados", como era o sonho e o projecto de indivíduos como Milton Friedman, Friedrich von Hayek, Margaret Thatcher e Ronald Reagan.
Führers como Kissinger e Brzezinski, sacrificaram dezenas de milhões de vidas humanas em todo o planeta, apenas para impedir que nações tentassem seguir a sua própria via socialista, e até mesmo, Deus os livre, de sonhos e aspirações Comunistas. Alguns dos tiranos foram na verdade muito "honestos": Henry Kissinger uma vez observou, publicamente, que não via nenhuma razão para que um determinado país devesse ser "marxista" apenas porque "as pessoas são irresponsáveis". Ele estava a pensar no Chile e, em consequência, vários milhares de pessoas foram assassinadas...
Arruinar, destruir países inteiros, só para impedi-los de seguirem o seu próprio caminho, tem sido totalmente aceitável nos círculos políticos, por estrategas militares, responsáveis de serviços secretos e economistas com sede em Londres, Nova Iorque, Washington, Paris e outros centros do chamado "mundo livre", para o qual quase todas as vidas de "não-pessoas" habitando a Ásia, o Médio Oriente, a América Latina, África e Oceânia são dispensáveis e controladas sem cerimónias.
O sistema de opressão ocidental muitas vezes parece ser quase "perfeito". Em grande medida é certamente à prova de bala.
Mas há sempre um grave obstáculo que bloqueia o caminho do imperialismo ocidental, uma barreira que o impede de totalmente controlar e destruir o planeta. Esse obstáculo, essa barreira, chama-se a Grande Revolução de Outubro e o seu legado.
Desde 1917, há exactamente cem anos, que existe este "fantasma" que assombra os impérios europeus e norte-americanos: é um fantasma que sussurra inexoravelmente acerca de internacionalismo, de igualitarismo, sobre grandes sonhos humanistas em que todas as pessoas têm exactamente os mesmos direitos e oportunidades e não podem ser exploradas por uma determinada raça ou por um dogma económico.
Para tornar as coisas ainda piores, esse fantasma vermelho é de alguma forma muito optimista, faz muito mais do que apenas sussurrar: também canta, dança, recita poesia revolucionária e periodicamente pega em armas e luta pelos oprimidos, até por seres humanos totalmente desesperados, independentemente da cor da sua pele.
Muitas vezes perguntamo-nos se o fantasma é realmente um fantasma ou uma criatura viva. O que torna tudo ainda mais assustador, pelo menos para os tiranos e os imperialistas.
O Ocidente está totalmente petrificado! Ele tenta parecer simpático no seu controlo total. Implanta um sistema de elaborada propaganda, regurgita os seus dogmas em todos os lugares; introduz-se nas artes, entretenimento, noticiários, currículos escolares, psicologia e até mesmo na publicidade. Ele mente, distorce factos, perverte a história e constrói uma pseudo-realidade. Todos os meios disponíveis são utilizados; a guerra ideológica é completa.
O que quer que faça o Império do Ocidente, o fantasma vermelho ainda está presente, por toda a parte, e inspira milhões de homens e mulheres cultos e dedicados em todo o mundo. É tremendamente resiliente. Ele nunca se rende, nunca desiste de lutar, mesmo em países onde todas as esperanças e os sonhos parecem estar totalmente destruídos. E onde existem apenas cinzas a esquerda nunca cede, assombrando, assustando quer as elites locais e quer os regimes imperialistas implantados.
Enquanto para muitas pessoas que vivem nas capitais ocidentais, este fantasma vermelho é sinónimo do pior inimigo, na maioria das nações oprimidas, ocupadas e humilhadas, representa a perpétua luta contra o colonialismo e a opressão, simboliza resistência e resiliência, o orgulho e a crença num mundo totalmente diferente.
Os imperialistas sabem que a menos que esta criatura, o fantasma e a esperança que ele representa, sejam completamente destruídos, aniquilados e enterrados em algum lugar debaixo da terra não pode haver nenhuma vitória final e, portanto, nenhuma celebração.
Eles estão a fazer tudo ao seu alcance para desacreditar o fantasma e os ideais que professa. Eles apresentam-no com as piores cores, confundindo as pessoas, conectando-o com o fascismo e o nazismo (enquanto são eles – os imperialistas ocidentais – e o seu próprio sistema, que foram fascistas e "nazis", por décadas e mesmo séculos).
Eles brutalizam, aterrorizam e matam pessoas inocentes em países que se atrevem a decidir ser Comunistas, socialistas ou simplesmente "independentes". Tais actos hediondos forçam os governos das Nações em dificuldades a ficarem na defensiva e tomar "medidas extraordinárias" para proteger os seus cidadãos, E estas medidas defensivas são, por sua vez, descritas pela propaganda ocidental como opressivas, dogmáticas e "antidemocráticas".
A estratégia e as tácticas do Império são claras e altamente eficazes: agridem, molestam e assediam pessoas inocentes que estão simplesmente a tentar viver a sua vida. Quando estas acharam que era demais e decidem replicar, armar-se, mudar a fechadura de sua casa, descrevem-nas como agressivas, paranóicas e perigosas para a sociedade. Afirmam que o seu comportamento dá o direito de invadir-lhe a casa, bater-lhe, violá-la e depois forçá-la a mudar completamente de convicções e estilo de vida.
Logo após a Revolução, 100 anos atrás, os Soviéticos deram o direito de separação a todas as partes do anterior Império Russo. Foram introduzidas reformas democráticas radicais e todas as estruturas feudais e opressivas do governo czarista entraram imediatamente em colapso. Mas o país jovem foi atacado quase imediatamente do exterior, por um grupo de nações que incluiu o Reino Unido, EUA, França, Polónia, Checoslováquia, Roménia e Japão. Agressões implacáveis e campanhas estrangeiras de sabotagem radicalizaram o Estado Soviético, como mais tarde Cuba, Coreia do Norte, Nicarágua, Vietname, China, Venezuela e muitos outros países revolucionários.
É uma maneira hedionda de governar o mundo, repugnante, mas é altamente eficaz; "funciona". E isso tem sido feito durante tanto tempo, que ninguém já fica surpreendido. É assim que o Ocidente controla, manipula e arruína o mundo desde há séculos, desfrutando de absoluta impunidade, mesmo congratulando-se por ser "livre" e "democrático", descaradamente usando clichés como o dos "direitos humanos".
Mas pelo menos agora, há uma luta.
O mundo costumava estar totalmente à mercê da Europa e América do Norte.
Até a Grande Revolução Socialista de Outubro!
Recentemente, escrevi um livro sobre a Grande Revolução Socialista de Outubro, o seu impacto sobre o mundo e sobre o nascimento do internacionalismo. Eu tinha de escrevê-lo. Cansei de ler e assistir a todo aquele bordel de propaganda anticomunista e anti-soviética, esse evangelho fundamentalista; Cansei de ser bombardeado com lavagem ao cérebro com lixo dia após dia, ano após ano, década após década!
Depois de trabalhar em mais de 160 países, em todos os cantos do mundo, testemunhei a unidade assassina Ocidental contra a democracia e a vontade livre das pessoas, senti que era minha obrigação pelo menos explicar minha posição sobre o evento que teve lugar há 100 anos na cidade e o país onde eu nasci.
E no meu livro foi exactamente isso que fiz.
Não é o que alguns podem chamar de "livro objectivo". Definitivamente não é nenhum ensaio académico cansativo, cheio de notas de rodapé e citações inúteis. Não acredito em "objectividade". Ou mais precisamente, não acho que os seres humanos sejam capazes de ser objectivos, ou que sequer devam preocupar-se com isso. No entanto, acredito fortemente que deveriam clara e honestamente dizer e definir onde se situam, sem enganar os seus leitores.
E isso foi precisamente o que fiz no meu último livro: Esclareci o que a Revolução significa para mim. Lembrei-me do que significa para centenas de milhões de oprimidos e atormentados de seres humanos em todo o mundo. Eu citei alguns deles.
A Grande Revolução Socialista de Outubro não era perfeita. Nada neste mundo é, nada deve ser "perfeito". A "perfeição" é aterradora, fria, e até mesmo se a imaginarmos terrivelmente aborrecida.
Em vez disso, a Grande Revolução Socialista De Outubro fez uma tentativa heróica de libertar pessoas de crenças arcaicas, do feudalismo e da submissão cega, da escravidão física, intelectual e emocional. Definiu todos os seres humanos como iguais, independentemente da sua raça e sexo. Não fez isso por meio de hipocrisias "politicamente correctas" que apenas espalham mel pegajoso de má qualidade sobre bosta, deixando o próprio excremento intacto. A Revolução cortou até ao âmago; construiu um novo léxico, uma nova compreensão do mundo e uma realidade totalmente nova.
A Revolução deu esperança a centenas de milhões de seres humanos que já haviam perdido toda a fé numa vida melhor. Deu orgulho e coragem aos escravos. Devolveu todas as cores e tons ao mundo, que tinha sido brutalmente dividido entre brancos e negros, entre aqueles que tinham e os que não tinham, entre aqueles que eram racial e "culturalmente" destinados a dominar e aqueles que só estavam destinados a servir.
O Ocidente odiou o fantasma vermelho revolucionário desde o início. Odeia-o até hoje. Porque se a União Soviética Comunista tivessem vencido, isso significaria o fim do colonialismo e imperialismo, como o conhecemos. Não haveria a pilhagem e destruição, não haveria a aniquilação monstruosa do Iraque, Líbia, Afeganistão, nenhuma ruína da Síria; nenhuma ameaça mortal como a que paira sobre a Coreia do Norte, o Irão, a Venezuela, não haveria milhões de homens, mulheres e crianças sacrificados no altar do capitalismo global, como está acontecendo na República Democrática do Congo e em tantos outros pontos do globo.
Não seria possível uma ditadura global racista, pós-cristã; nem um sistema de "valores" retorcidos e "cultura" hipócrita empurrada pelos olhos adentro em todos os países conquistados por um punhado de Estados historicamente gangsters, localizados principalmente na Europa e América do Norte.
O Ocidente lutou contra a Grande Revolução Socialista De Outubro desde o primeiro dia. Lutou contra a União Soviética, em todas as frentes, banhando o seu povo em sangue, procedendo a lavagem cerebral e assassinando os seus aliados. Finalmente conseguiu feri-la mortalmente no Afeganistão, quebrando primeiro os ossos da URSS e do Afeganistão logo depois.
Imediatamente depois disto, começou uma reformulada campanha de doutrinação. Seu objectivo tem sido obliterar totalmente o legado do "Grande Outubro". O Ocidente não tem poupado meios e milhares de milhões de dólares têm sido gastos.
Logicamente, que tipo de "'objectividade" se pode se esperar da "cultura" de uma parte do mundo que tem brutalmente tiranizado e pilhado o planeta por mais de 500 anos? Como poderiam eles ser tolerantes para com o evento e o país, que teve como propósito de sua existência, a batalha pela libertação do imperialismo e do colonialismo em todo o mundo?
Agora, a luta contra a barbárie neocolonialista continua sob várias bandeiras vermelhas. Bandeiras Comunistas ainda flutuam sobre a China e Cuba, assim como na Venezuela, Angola e outros países. Há muitas outras cores da resistência, também. A coligação é ampla.
Mas o que é claro e essencial é que a Revolução de 1917 inspira milhares de milhões, consciente e subconscientemente.
O que também está claro é que o Ocidente nunca realmente venceu. Tivesse ele ganho e não estaria tremendo de medo, como agora. Não estaria a oprimir o livre pensamento, derrubando governos democraticamente eleitos, assassinando líderes que estão lutando contra o seu monstruoso regime global.
Para ser franco, o "espírito revolucionário vermelho" na realidade não é um fantasma. Ainda é uma criatura extremamente poderosa. É só se esconde por agora, reagrupando-se, preparando-se para levantar as suas bandeiras e arrastar para o campo de batalha todos os tiranos imperialistas.
O Ocidente adora falar sobre paz. Adora dar lições ao mundo acerca de "paz". Mas a sua "paz" é, de facto, nada mais que um status quo horrível, em que há apenas alguns países ricos e poderosos que reinam sobre o mundo, e há o resto da humanidade, consistindo em fracas, miseráveis, submissas e servis "não-pessoas".
Para o inferno com essa "paz". Tal paz não pode durar muito tempo; Não deve durar muito, porque é totalmente grotesca e imoral. Não é muito melhor do que a "paz" numa plantação de escravos!
É só o legado do Grande Outubro pode terminar com este status quo. E ele o fará.
O fantasma vermelho está assombrando os tiranos. Eles tentam, mas não conseguem expurgar as esperanças e sonhos das pessoas que habitam o nosso planeta. Quanto mais medos os tiranos têm, mais brutais são as suas acções. E mais determinado é o povo dos países subjugados.
Cem anos desde que o couraçado Aurora disparou a sua primeira salva sobre o Palácio de Inverno em São Petersburgo.
Cem anos desde que o mundo abriu os olhos, percebendo que um novo mundo é possível.
Cem anos e o Outubro Vermelho está ainda nos lábios de pessoas na América Latina, na África, Ásia, em todos os lugares.
Os imperialistas são brutais, mas simplistas. Podem matar um homem ou uma mulher, podem matar milhares, até milhões. Mas não podem matar os sonhos. Não podem matar a coragem da raça humana, a menos que assassinem toda a raça humana. Podem matar, mas definitivamente não podem transformar as pessoas em escravos.
Durante a Grande Revolução Socialista de Outubro, as pessoas levantaram-se. Puseram-se de pé. Quebraram as cadeias.
Eles levantar-se-ão novamente. Eles estão a levantar-se novamente, basta olhar com atenção.
Nos últimos 100 anos, tanta coisa mudou e nada mudou. As esperanças e sonhos ainda são os mesmos. Precisamente como então, não há paz sem justiça. E dificilmente haverá alguma justiça da forma como o nosso mundo está organizado.
Viva a Grande Revolução Socialista de Outubro!
Avante! Tal como Hugo Chávez costumava clamar da sua varanda: "Aqui ninguém se rende!"
O fantasma vermelho está aqui, é o do Grande Outubro Vermelho. É tremendamente poderoso. É o aliado de todos os seres oprimidos. Um dia guiará o povo à vitória. Não pode haver absolutamente nenhuma dúvida sobre isso.
07/Novembro/2017
[*] Filósofo, romancista, cineasta e jornalista de investigação. Cobriu guerras e conflitos em dezenas de países. Três de seus livros mais recentes são o romance revolucionário Aurora e dois best-sellers de não-ficção política: Exposing Lies of The Empire e Fighting Against Western Imperialism . Vltchek actualmente reside no sudeste da Ásia e no Médio Oriente e continua a trabalhar em todo o mundo. Pode ser contactado através do seu sítio web e do seu Twitter .
Original encontra-se em http://www.informationclearinghouse.info/48147.htm
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
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